Tempos houve no Porto em que a iluminação pública era feita com recurso a lampiões alimentados a azeite.
Em 1851, dá-se a primeira experiência de iluminação com gás (neste caso particular, usando hidrogénio num vistoso arco luminoso), aquando da visita da Rainha D. Maria II à cidade.

Passados dois anos, estaria formada a Companhia Portuense de Iluminação a Gás, sendo inaugurada a rede em Abril de 1855.
A rede de gás expandiu-se pela cidade ao longo da segunda metade do século XIX, tanto para iluminação pública, como para uso particular, tendo os portuenses aderido em grande número a esta nova forma de iluminar as casas.
A falta de carvão durante a Primeira Guerra Mundial acelerou a transição para a electricidade, e, com a massificação desta, o gás para iluminação foi caindo em desuso, restando, ainda hoje, a “Fábrica do Gás”, como peça de arqueologia industrial esquecida, junto ao Ouro.

Ontem, ao passar na Rua Dr Alberto Aires de Gouveia, em frente às Urgências do Hospital de Santo António, ao Viriato, fotografei esta tampa no passeio. Recordação de um tempo que não vivi, mas que ainda perdura em muitos recantos da cidade.